A Rickmers Maritime admitiu estar a caminho da falência caso os credores não vão em seu socorro. O fundo de Singapura, que detém e opera navios porta-contentores para outras companhias, informou os credores de que precisa de adiar o pagamento de 253 milhões de dólares (225,3 milhões de euros) de dívida.
Numa comunicação ao mercado, a Rickmers Maritime anunciou que não conseguirá reembolsar os 179,7 milhões de dólares (160 milhões de euros) do empréstimo com maturidade em Março de 2017, bem como os juros e o capital de outro empréstimo de 100 milhões de dólares de Singapura (65,2 milhões de euros) com prazo de Maio de 2017.
Para evitar a falência ou a gestão judicial, os responsáveis pelo fundo estão a negociar com os credores a troca de dívida por novas obrigações perpétuas. Os responsáveis pela Rickmers Maritime garantem, na nota enviada à Bolsa de Valores de Singapura, que a falência poderá ser o destino caso os investidores não aceitem essa troca.
O DBS, banco sediado em Singapura, e o alemão HSH Nordbank aceitaram, já este mês, refinanciarem até 260,2 milhões de dólares (231,6 milhões de euros) de dívida.
A Rickmers Maritime tem 16 porta-contentores em carteira, com capacidades entre os 3 450 e os 5 060 TEU, num total de 66 410 TEU. Entre os seus clientes conta com companhias como a NYK, MOL, Maersk Line e CMA CGM.
Os navios do tipo Panamax têm visto o seu valor cair a pique em 2016, sobretudo após a inauguração, no fim de Junho, do Canal do Panamá expandido. Estão a ser enviados para desmantelamento navios Panamax com apenas 13 anos.
A Rickmers Maritime é uma subsidiária do Grupo Rickmers.