Os responsáveis da Rede Ibérica das Entidades Transfronteiriças (RIET) dizem-se preocupados com a possível subalternização do eixo Aveiro – Vilar Formoso no desenvolvimento do Corredor Atlântico.
O protagonismo dado pelo Governo de Lisboa à ligação de Sines à fronteira é motivo de preocupação para a RIET, que defende o desenvolvimento simultâneo dos dois eixos do Corredor Atlântico no território português. O assunto será, por isso, o tema da reunião com o coordenador da Rede Transeuropeia de Transportes, Carlo de Grandis, já agendada para 14 de Março, em Viana do Castelo.
O eixo Aveiro – Salamanca – França será de fundamental importância para o Norte e Centro de Portugal, mas também servirá a Galiza e o País Basco, sustenta a RIET.
A organização propõe que a rede prevista, com duas saídas de Portugal para Espanha (Sines-Extremadura e Aveiro-Salamanca) e um eixo Sul-Norte (Sines-Valença), seja ampliada até Ferrol e com uma saída por Monforte de Lemos (entroncando no eixo com origem em Aveiro algures entre Valladolid e Palência).
E com isto, sustenta, o eixo Aveiro – Salamanca – França poderá servir os portos do Centro e Norte de Portugal até ao País Basco, algo que, reconhece, poderá afectar a competitividade dos portos mediterrânicos.