A Rio Tinto Moçambique está a contratar maquinistas em Portugal, com a colaboração da Fernave, com quem firmou um contrato de assistência técnica.
José Pires da Fonseca não será, seguramente, o único português contratado pela Rio Tinto para trabalhar nas operações ferroviárias que a companhia mineira pretende desenvolver em Moçambique.
O recrutamento está a ser feito através da Fernave, que em Maio lançou um concurso para a contratação de maquinistas para Moçambique, e que agora deverá deslocar para aquele país uma equipa de 13 pessoas para dar formação on-job a quadros locais da Rio Tinto.
Dois quadros da multinacional estiveram em Portugal, na Fernave, para finalizar o processo de implementação de assistência técnica para a área da tracção, que será desenvolvida em Tete e na Beira e ao longo de toda a Linha do Sena.
A Rio Tinto realizou no final de Junho a primeira exportação de carvão extraído da mina de Benga, na região de Moatize, província de Tete. Em 2020, a companhia prevê estar a produzir mais de 50 milhões de toneladas.
Para escoar a produção, a Rio Tinto dispõe-se a investir fortemente na construção de infra-estruturas ferroviárias, na aquisição de material circulante (locomotivas e vagões) e, claro, na contratação/formação de quadros.
No decurso da sua visita a Portugal, os dois quadros da Rio Tinto visitaram, numa organização da Fernave, várias empresas nacionais do sector ferroviário, para melhor conhecerem as suas capacidades e os seus planos para Moçambique. A ida de Pires da Fonseca para a gestão da empresa mineira poderá facilitar alguns negócios.
Recorde-se que a EMEF chegou a ter prevista (ainda terá?) a construção de uma fábrica de vagões em Moçambique.