Depois do Porto e de Lisboa, o Projecto Roteiro Naval Carbono Zero (RNCZ) rumou ao Algarve para auscultar os stakeholders regionais.
Foi no CCMAR – Center of Marine Sciences, na Universidade do Algarve, que o Projecto RNCZ promoveu o terceiro wokshop de auscultação dos players do sector sobre os desasfios, oportunidades e dificudades da descarbonização da indústria naval.
Responderam à chamada a Câmara Municipal de Faro, a CCDR do Algarve, o CCMAR, a GAL Pesca do Sotavento do Algarve, Haedes, KIPT Colab, Navproject, Pinto Basto, Qualiseg, Sciaena, Sun Concept e Varzeamar – AlgarExperience, que partilharam ideias e soluções para a
descarbonização do sector naval.
Na troca de opiniões falou-se das barreiras ao financiamento de projectos sustentáveis, dos desafios da compatibilização entre a indústria e o turismo na região, bem como da necessidade de inovação, de regulamentação harmonizada e de uma maior ligação entre a indústria e a academia.
Apesar dos desafios (e dificuldades), os participantes reforçaram o compromisso da indústria naval em encontrar soluções para a transição ecológica. “Somos um país com tradição náutica”, resumiu Francisco Alexandre, sócio-gerente da Navproject.
Ainda no decorrer do primeiro semestre, o Projecto RNCZ deverá realizar mais um workshop, com isso promovendo o envolvimento do sector na construção de soluções para a descarbonização.
Promovido pelo Fórum Oceano e pela CEVAL – Confederação Empresarial do Alto Minho, e cofinanciado pelo PRR e pelos Fundos Europeus Next Generation EU, o Projecto RNCZ pretende ajudar o sector da indústria naval a reduzir cerca de 14 700 toneladas de CO2 equivalente por ano.
O Roteiro estabelece metas claras para reduzir as emissões directas em 70% até 2040 e em 90% até 2050. Em termos de emissões indirectas provenientes da electricidade, o objectivo é alcançar uma redução de 90% até 2040 e de 100% até 2050.
O TRANSPORTES & NEGÓCIOS é Media Partner do Projecto RNCZ.