O Porto de Roterdão lança esta semana um projecto-piloto de movimentação e entrega de contentores sem necessidade de recurso a código PIN.
O projecto tem no centro uma nova aplicação, a Secure Container Release, que substitui o código PIN por um sinal digital. A Autoridade do Porto de Roterdão (APR) descreve a solução como muito menos susceptível a fraudes do que o processo tradicional, já que “não se destina apenas a tornar a movimentação de contentores mais eficiente, mas também mais segura”.
Entre os participantes do teste, que terá um prazo de três meses, estão a CMA CGM, Hapag-Lloyd, MSC, ONE, Hutchison Ports ECT Rotterdam, Rotterdam Fruit Wharf, Milestone Fresh, VTO, Portmade e a T-Mining, responsável pelo desenvolvimento da app.
Tecnologia Blockchain
Todos os anos, milhões de contentores são descarregados em Roterdão, de onde são encaminhados para destinos no interior. A recolha desses contentores no porto é um processo complicado, no qual as companhias de transporte, transitários e terminais precisam de trabalhar em conjunto para garantir a libertação rápida e segura das cargas.
“Durante esse projecto, os diferentes participantes usarão um aplicativo Blockchain que lhes permitirá organizar com segurança e eficiência o procedimento de libertação seguido pelas várias partes da cadeia”, comentou, citada em comunicado, o director de comércio da APR, Emile Hoogsteden.
O projeto-piloto testará como melhorar a segurança do processo de libertação de contentores em toda a cadeia, desde a companhia de transportes até ao cliente final. O aplicativo é baseado na tecnologia Blockchain e, em termos de segurança, pode ser comparado com as aplicações das contas bancárias, garantindo, de acordo com o porto holandês, “que os dados envolvidos permaneçam excepcionalmente seguros”.
Além disso, o operador do terminal pode ter certeza de que o contentor foi libertado para o motorista correcto, dado que há apenas um token válido. Outra vantagem desse procedimento é, segundo a APR, que não revela quem já processou o token, o que significa que terceiros (nem a própria T-Mining, indica o porto de Roterdão) não têm acesso a informações potencialmente confidenciais.