
Rui Coutinho será o próximo presidente do Conselho de Administração da SATA Holding, que passará a ter um Conselho Estratégico, anunciou o Governo Regional dos Açores.
Rui Coutinho ocupará o cargo deixado vago por Teresa Gonçalves, que se demitiu em Abril passado invocando “razões pessoais e de contexto”.
O novo presidente da SATA foi nos últimos quatro anos Director Regional do Transporte Aéreo e Marítimo, depois de uma carreira de cerca de 15 anos na ANA nos Açores, onde desempenhou funções de chefe do departamento de Operações Aeroportuárias do Aeroporto de Ponta Delgada, director do Aeroporto de Santa Maria e chefe de Divisão de Planeamento, Gestão e Controlo da Direcção dos Aeroportos dos Açores.
De acordo com o comunicado emitido pelo Governo Regional dos Açores, competirá agora ao novo presidente “a indicação dos restantes elementos que constituirão a equipa no conselho de administração, que manterá todas as competências atualmente consagradas nos estatutos da companhia”.
Como administradores não executivos manter-se-ão Bernardo Oliveira e João Crispim Ponte, “visando o acompanhamento do trabalho no âmbito do Plano de Reestruturação”.
Segundo Berta Cabral, Secretária Regional com a tutela da Mobilidade, “o Governo dos Açores define como prioridade do novo Presidente do Conselho de Administração da SATA Holding, S.A., o estrito cumprimento do Plano de Reestruturação aprovado pela Comissão Europeia, que, por consequência, implica, a estabilização da reorganização da estrutura empresarial, a adequação da operação, com melhoria da eficiência e redução de custos, a salvaguarda da SATA Air Açores, a efectivação da privatização da Azores Airlines, a reestruturação e alienação do negócio de handling das companhias e a apresentação de uma proposta num eventual novo concurso de OSP territoriais, uma vez que a companhia está proibida de realizar rotas deficitárias”.
Ao mesmo tempo, o Executivo regional anunciou a criação de um Conselho Estratégico ao nível da holding da SATA, “com o propósito de tornar mais robustos os processos de decisão em matérias consideradas estratégicas promovendo um alinhamento de todos os interesses envolvidos e robustecendo a reflexão do papel da SATA para a Região”.
O novo órgão estatutário será presidido “por uma personalidade de reconhecido mérito e idoneidade profissional” e contará “entre sete a nove membros”.
A SATA, recorde-se, está em processo de privatização com apenas um candidato, cuja proposta mereceu sérias reservas ao júri de avaliação das propostas.