A Ryanair anunciou hoje a abertura, no próximo Verão, de 18 rotas em Portugal, no Porto e em Faro.
Em conferência de imprensa online, os presidentes executivos do grupo Ryanair, Michael O’Leary, e da companhia aérea, Eddie Wilson, anunciaram “presentes de Natal para Portugal”, com a abertura de sete novas rotas à partida de Faro e 11 do Porto, no próximo ano.
Segundo os responsáveis, a decisão surgiu “em resposta directa à intervenção da ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil], que forçou a ANA a reduzir as taxas aeroportuárias no Porto e em Faro, no próximo ano”.
Assim, cada um daqueles aeroportos vai contar com mais dois aviões da transportadora de baixo custo, uma decisão que representa um investimento adicional de 400 milhões de euros em Portugal e a criação de 120 novos empregos locais, disseram.
A companhia aérea irlandesa lamentou, porém, que o regulador “não tenha sido capaz de persuadir a ANA a baixar as taxas em outros aeroportos” e, por isso, “não haverá crescimento adicional em Lisboa, na Madeira e nos Açores”, em 2023.
A partir de Faro, a Ryanair vai passar a voar também para Aarhus (Dinamarca), Belfast (Irlanda do Norte), Exeter (Inglaterra), Frankfurt Hahn (Alemanha), Roma Fiumicino (Itália) e Toulouse (França).
Já a partir do Porto, abrem-se rotas para Bristol e Leeds (Inglaterra), Castellon (Espanha), Maastricht (Países Baixos), Nimes e Estrasburgo (França), Shannon (Irlanda), Estocolmo (Suécia), Trapani e Turim (Itália) e Wroclaw (Polónia).
“Além das taxas excessivas, uma outra ameaça ao crescimento do turismo em Portugal surge na forma de taxas ETS [taxas ambientais], que visam, injustamente, voos de curta distância, tendo sido recentemente proposta a inclusão das regiões ultraperiféricas da União Europeia, incluindo a Madeira, já em 2024”, apontou Michael O’Leary.
Para o líder da companhia aérea, se esta medida for aprovada, “os turistas irão enfrentar custos mais elevados ao visitar a Madeira, em relação a outros destinos de férias não europeus, o que significa que a ilha, provavelmente, perderá visitantes para destinos fora da UE, como Marrocos, Turquia e Jordânia, que estão isentos do pagamento de ETS”.