Michael O´Leary diz que está a negociar com a TAP. A TAP diz que não sabe de nada. O que parece certo é que a Ryanair dispõe-se a alimentar os voos de longo curso das companhias tradicionais.
“Estamos em conversações com a Aer Lingus aqui em Dublin, com a IAG no Reino Unido e com a TAP em Portugal”, afirmou, em declarações à “Reuters”, o CEO da companhia low-cost irlandesa, Michael O’Leary.
A decisão, a confirmar-se, representa uma importante mudança na Ryanair, que sempre evitou o tráfego interline (e mesmo a oferta em rede) com o argumento dos custos que as ligações representam.
De acordo com O’Leary, a proposta da Ryanair pressupõe que os passageiros comprem os bilhetes directamente às companhias tradicionais, que assumirão as responsabilidades – e os custos – das transferências dos passageiros e das respectivas bagagens entre voos.
No caso da Aer Lingus (companhia ainda participada pela Ryanair mas com uma OPA em curso lançada pela IAG), a parceria poderia arrancar “neste Inverno, em Novembro”, referiu o CEO na entrevista à “Reuters”.
Relativamente à IAG, as negociações visarão a realização de voos de longo curso a partir da base da Ryanair em Stansted, acrescentou.
Michael O’Leary não elaborou sobre o que estará a ser discutido com a TAP. Curiosamente, e de acordo com o portal “PressTUR”, a companhia aérea portuguesa não tem conhecimento de quaisquer negociações com a low cost irlandesa. “A TAP desconhece”, afirmou, citada por aquele portal, fonte da empresa.