O consórcio Safebond, do Gana, é o novo concessionário dos portos de São Tomé e Príncipe. O contrato prevê a construção do porto de águas profundas de Fernão Dias.
Ao abrigo do contrato de concessão de 30 anos, o Estado são-tomense deterá 25% do capital da nova empresa que administrará os portos do arquipélago. São Tomé nomeará dois dos sete administradores da empresa e assumirá a presidência do conselho da administração não executivo, enquanto o consórcio nomeará o director-geral e os responsáveis financeiros da empresa.
Por outro lado, o Estado receberá desde o primeiro dia uma percentagem das receitas brutas, que começará nos 3% e atingirá os 25%, disse o ministro das Infraestruturas são-tomense, Osvaldo Abreu.
O governo de São Tomé assinou em Agosto um acordo de concessão com a Safebond, incluindo a construção do porto de águas profundas em Fernão Dias, a modernização e gestão do porto de Ana Chaves, na capital são-tomense, e do porto de Santo António, na ilha do Príncipe.
No imediato, o novo concessionário prevê investir cerca de 24 milhões de euros na requalificação urgente do porto de São Tomé.
“Para Fernão Dias estamos a falar de um orçamento de 400 a 500 milhões de dólares. Para que seja construído o porto de águas profundas em Fernão Dias é necessário que este porto [de São Tomé] seja eficiente. Por isso, temos que investir primeiramente aqui e só depois dar suporte a construção em Fernão Dias”, sublinhou o representante do consórcio Safebond, Krobo Edusei, citado pela “Lusa”.