A Groundforce não terá dinheiro para pagar os salários de Maio, falhado que foi o empréstimo de 30 milhões da CGD. Alfredo Casimiro continua a negociar com os espanhóis.
Para pagar os salários de Março e Abril e impostos, a Groundforce vendeu à TAP os equipamentos com quem opera. Agora, Maio aproxima-se do fim e, além de tudo o mais, a companhia de handling terá de pagar 425 mil euros pelo aluguer dos equipamentos.
O empréstimo de 30 milhões de euros em que se jogava o futuro da empresa, afinal, foi recusado pela Caixa Geral de Depósitos, apesar do apoio público. E a TAP, disse-o o ministro Pedro Nuno Santos ainda antes de se saber das perdas de 1 200 milhões de euros do ano passado, não terá mais condições para apoiar a Groundforce.
Afastado que estará também o cenário do aumento de capital da operadora de handling, a solução sobre a mesa passará pelas negociações entre a Pasogal, de Alfredo Casimiro, e os espanhóis da Atitlan para a venda da posição de 50,1%.
As dificuldades da empresa animam a uma solução rápida. Até porque a Groundforce tem apenas até ao final do mês para, querendo, recuperar a propriedade dos equipamentos que vendeu à TAP, devolvendo os 6,95 milhões de euros que recebeu da transportadora.
Outra solução passará pela declaração de insolvência, com a empresa a manter-se em operação até que seja apresentado, e aprovado, um plano de recuperação, sobre o qual os credores (desde logo, a TAP e a ANA) terão uma palavra a dizer.