A Scania lançou hoje a sua gama de camiões eléctricos, para já para aplicações urbanas, com um camião 100% eléctrico e um híbrido plug-in.

A Scania iniciou a electrificação da sua gama, dando desde já conhecer dois modelos de camião, um 100% eléctrico e um híbrido plug-in. Estes modelos juntam-se à tecnologia híbrida, lançada pela marca sueca em 2014, na electrificação dos veículos do construtor.
O camião totalmente eléctrico da Scania – disponível com as cabinas das séries de utilização urbana L e P – está equipado com uma bateria de 165–300 kWh para o motor eléctrico de 230 kWb (310 cv). Os clientes podem seleccionar cinco ou nove baterias. Com a primeira opção, a autonomia é de 130 km e com a segunda é de 250 km.
Os camiões eléctricos da Scania estão equipados com um conector CCS para recarga desde a rede eléctrica. Recarregando a 130kW CC, o carregamento ocorre em menos 55 minutos para o conjunto de cinco baterias e em menos de 100 minutos para o conjunto de nove baterias. Como habitual nos veículos eléctricos e híbridos, o camião também é recarregado através dos travões regenerativos.
O camião híbrido plug-in da Scania, também disponível para cabinas das séries L e P, oferece a oportunidade de percorrer longas distâncias com o motor de combustão e, subsequentemente, conduzir até 60 km em modo eléctrico, quando necessário.
Além do motor eléctrico de 115 kW – localizado entre o motor e a transmissão – o camião híbrido está equipado com um motor diesel de 9 litros de 280 a 360 cv. O modelo pode, com as novas baterias de maior densidade energética (cada uma das três baterias tem uma capacidade instalada de 30 kWh, num total de 90 kWh), percorrer até 60 km em modo totalmente eléctrico. Além disso, pode efectuar um carregamento adicional enquanto o camião está estacionado para carga ou descarga, ou enquanto o motorista está num momento de descanso.
O veículo está equipado com um conector de carregamento CCS para carregamento a partir da rede eléctrica. Com o carregamento de 95 kW CC, as três baterias serão carregadas a 80% em cerca de 35 minutos. Tal como o 100% eléctrico, o camião híbrido plug-in também pode ser carregado através da regeneração da energia de travagem.
A “Scania Zone” é a ferramenta perfeita para utilizar com o camião híbrido. Este serviço baseado na posição ajuda os condutores ao mudar automaticamente o tipo de propulsão para cumprimento dos regulamentos de trânsito e ambientais, assim como de políticas predefinidas individualmente, normas de ruído e outras emissões.
Toda a gama terá opção electrificada
Nos próximos anos, a Scania continuará a desenvolver a sua gama de veículos electrificados para todas as aplicações, incluindo longa distância e construção.
“É com muito orgulho que anunciamos o início do compromisso de electrificação a longo prazo da Scania”, refere o presidente e CEO da Scania, Henrik Henriksson. “Nos próximos anos, lançaremos anualmente veículos eléctricos para toda a gama de produtos e estamos actualmente a reorganizar a nossa produção para esse fim. É particularmente relevante o facto de que, em alguns anos, iremos também apresentar camiões eléctricos de longa distância adaptados para carregamento rápido durante os períodos de descanso obrigatórios de 45 minutos dos motoristas”, acrescenta.
A Scania considera que a electrificação da frota de camiões comerciais pesados é decisiva para atingir a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global para menos de 1,5 °C. O construtor sueco do grupo Volkswagen afirma-se comprometido com esse objectivo e está orientado em conseguir um sistema de transportes livre de combustíveis fósseis. O estudo Pathways iniciado pela marca determinou que o objectivo é alcançável e envolve investimentos e benefícios para a saúde. Uma conclusão ficou clara: é necessária acção imediata.
Para a Scania não existe, porém, uma única solução para o transporte livre de combustíveis fósseis, devido à grande variação das infra-estruturas locais e dos recursos energéticos. “Por isso a electrificação é somente uma parte da estratégia de sustentabilidade da Scania que também está centrada nos combustíveis renováveis”, indicam desde o construtor.