Para estar mais próximo dos clientes a Norte, a Schnellecke Portugal acaba de abrir um escritório de representação na Trofa.
A empresa, filial do grupo alemão com o mesmo nome com origem em Wolfsburgo, é a responsável por toda da logística da Autoeuropa para a montagem final, inclusivamente pré-fabricando mais de 30 componentes para as carroçarias dos modelos produzidos em Palmela.
A recente conquista da Continental Mabor, com sede em Lousado, para a carteira de clientes acelerou a decisão de instalar a delegação a Norte. Mas o objectivo é alargar a prestação de serviços a outras áreas da indústria. “Vemos muito potencial na prestação de serviços logísticos integrados e de pré-montagem para clientes no Norte”, justificou Fernando Oliva, director-geral da Schnellecke.
“A delegação Norte permite-nos dar uma resposta muito mais rápida aos clientes. Podemos estudar, propor e desenvolver um projecto logístico complexo directamente no nosso gabinete técnico na Trofa ou nas instalações do cliente”, reforçou, citado num comunicado da empresa.
Há dez anos em Portugal, tendo começado com 300 trabalhadores, a Schnellecke emprega hoje cerca de 700 colaboradores e quer contratar mais 300 até 2014. Até lá, propõe-se também duplicar o volume de negócios na área logística.
Com isso, a delegação nacional aposta em contribuir para o objectivo do grupo de tornar-se líder mundial como operador logístico de valor acrescentado na indústria automóvel. O grupo conta 45 empresas em todo o mundo, emprega 14 mil trabalhadores e factura cerca de 632 milhões de euros.
Ao arrepio destas boas notícias, a Comissão de Trabalhadores da empresa denunciou hoje a alegada intenção da administração da Schnellecke de avançar com o “lay-off” “para todos os trabalhadores”, “a partir de Agosto e por um período máximo de seis meses”.
Citado pela “Lusa”, o coordenador da CT acrescentou que “Esta decisão do grupo Schnellecke de avançar com o “lay-off” deve-se sobretudo ao facto de trabalharmos quase exclusivamente para a Autoeuropa, que já anunciou a intenção de fazer uma paragem adicional de uma semana”, frisou.
“A administração da Schnellecke prevê a possibilidade de haver mais paragens na Autoeuropa, até um limite máximo de 17 dias de não produção até final do ano, com uma redução equivalente na produção da nossa empresa”, reforçou António Costa.