O uso dos scrubbers tem um impacto ambiental menor que o da produção dos combustíveis com baixo teor de enxofre (LFO), de acordo com um estudo da CE Delft.
O estudo da CE Delft, divulgado pela Wärtsilä, conclui que o impacto ambiental dos scrubbers está principalmente relacionado com a necessidade de energia para operar as bombas do sistema, o que normalmente resulta em um aumento total das emissões de CO2 entre 1,5% e 3%.
A consultora indica que, em contrapartida, no caso dos combustíveis LFO, o aumento da pegada de CO2 é o resultado dos processos de refinação para baixar o teor do enxofre do combustível. A CE Delft calcula esse aumento algures entre 1% e 25%.
“Este estudo fornece uma visão abrangente dos impactos climáticos de diferentes opções para reduzir as emissões de enxofre. Isso mostra que, em muitos casos, a pegada de carbono do uso de um scrubber é menor do que a dos combustíveis com baixo teor de enxofre”, indica, citado no estudo, Jasper Faber, gestor de projecto na CE Delft.
“A Wärtsilä tem demonstrado de forma consistente o seu compromisso em minimizar a pegada de carbono do sector marítimo. Isso revela-se não apenas nos nossos produtos e sistemas, mas também nos nossos processos de produção. Estamos muito satisfeitos que este estudo independente confirme que, levando tudo em consideração, os nossos scrubbers criam menos emissões de CO2 do que o uso de combustível compatível com as regras de enxofre”, comentou Jan Othman, vice-presidente de tratamentos de escape da Wärsila.
A pesquisa concluiu que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do transporte marítimo aumentaram em mais de 10% nos últimos cinco anos. A projecção é que essas emissões registem, até 2050, um aumento de até 50%, o que significa que, se o objectivo da IMO é reduzir significativamente as emissões de GEE do sector, é necessário haver um escrutínio de todos os aspectos do transporte marítimo.