O SEAL desconvocou a greve dos estivadores no porto de Setúbal, iniciada na passada segunda-feira, mas ameaça processar dois gerentes da Operestiva.
Ao terceiro dia, o SEAL desconvocou a greve dos estivadores ao trabalho extraordinário no porto de Setúbal. Mas acusou dirigentes da Operestiva (controlada pelo Grupo Yilport) de violarem o direito à greve.
“O SEAL considera que o principal objectivo da greve – desmascarar, com provas concludentes, o comportamento ilegal de parte da gerência da Operestiva – foi atingido logo no primeiro dia de greve, pelo que irá desconvocar a mesma e dar instruções ao seu departamento jurídico para avançar com um processo crime contra os dois gerentes da Operestiva”, refere o sindicato, em comunicado.
De acordo com o SEAL, os dois gerentes da Operestiva fizeram “ameaças reais a trabalhadores eventuais, dando-lhes
conhecimento de que se aderissem à greve seriam `despedidos´, ou seja, não seriam mais colocados a trabalhar”.
A troca de acusações entre o SEAL e as empresas do grupo Yilport agudizou-se nos últimos dias, na sequência da greve ao trabalho extraordinário para a empresa de estiva Sadoport, detida a 100% pelo grupo turco, que teve início na segunda-feira e deveria prolongar-se até dia 17.
A paralisação convocada pelo sindicato de estivadores tinha como principal objectivo denunciar o incumprimento das regras de distribuição de trabalho pela empresa Operestiva, alegadamente – segundo o sindicato -, “com o objectivo de impedir a utilização diária dos trabalhadores eventuais, retirando-lhes a possibilidade de, no futuro, poderem vir a assinar um contrato de trabalho sem termo”.
à “Lusa”, um dos gerentes da Operestiva visado pelo SEAL, negou todas as acusações. “Não fizemos ameaça nenhuma aos trabalhadores. A Operestiva e a Sadoport têm tido uma política de diálogo com os trabalhadores e os seus representantes, ao contrário do que era prática no porto de Setúbal”, disse Diogo Marecos.
A passividade do actual MINISTRO DOS TRANSPORTES Pedro Nuno Santos prova que passámos de 1 MINISTRA PS para 1 PCP/BE, grande vergonha para Portugal !