Em comunicado, o SEAL insiste na denúncia do “despedimento colectivo encapotado” na A-ETPL e critica a “generosidade” dos operadores de Lisboa.
Em resposta ao comunicado da AOPL, que dava conta da intenção dos grupos Yilport, ETE e TMB contratarem 80 estivadores entre os trabalhadores da A-ETPL, o SEAL fala em “mais uma prova cabal da criminosa concertação que as mesmas têm em curso com o objectivo de procederem a um despedimento colectivo encapotado”.
Para o sindicato de estivadores, a “generosidade” contratual anunciada “tem como objectivo único conduzir ao desemprego/precariedade 54 dos estivadores profissionais de Lisboa”.
O SEAL sublinha a ““oferta” de contratos de trabalho sem termo, curiosa e exactamente nas mesmas condições salariais que os mesmos detêm na AETPL, a qual os mesmos patrões pretendem conduzir à insolvência, descartando-os, exactamente devido ao alegado desequilíbrio financeiro originado pelos seus salários”. E sustenta que “as mesmas “ofertas de emprego” aos seus actuais trabalhadores lhes asseguram as remunerações em atraso, esquecendo-se que tal representará apenas uma ínfima parte dos elevados créditos salariais – na ordem dos milhões de euros – a que os trabalhadores têm direito”.
Para o sindicato, o anúncio das intenções de contratação de estivadores em plena greve total no porto de Lisboa representa uma “clara chantagem laboral e psicológica perante um colectivo cujos empregadores pretendem ilegalmente substituir por mão-de-obra estranha ao sector, em violação grosseira do art.º 535 do Código do Trabalho, a qual terá consequências imprevisíveis no movimento marítimo que regularmente escala os portos nacionais”.