O SEAL renova as denúncias da ingerência do Grupo Yilport na criação de sindicatos de estivadores e trata de rebater as anunciadas vantagens acordadas entre o SEP 265 e a Operestiva em Setúbal.
Na sequência da notícia do novo CCT acordado entre o novo sindicato dos estivadores de Setúbal, SEP 265, e a Operestiva (Grupo Yilport), o SEAL, sindicato de estivadores com forte implantação em Lisboa e Setúbal, renova as críticas à alegada ingerência do grupo turco no movimento sindical e à passividade das autoridades.
Para o SEAL, “a própria DGERT tem conhecimento de que pessoas ligadas directamente ao Grupo Yilport tiveram intervenção na criação de, pelo menos, dois sindicatos, nos últimos dez meses”. Um deles será o SEP 265, que integrará apenas sete estivadores, “cinco deles em situação de baixa prolongada”.
Em apoio da sua tese, o SEAL sustenta anda que “uma leitura atenta do CCT entre a OPERFOZ – Operadores do Porto da Figueira da Foz, L.da e outras e o Sindicato dos Trabalhadores Portuários da Figueira da Foz – SINPORFOZ publicado no BTE n.º 10, de 15/03/2019, e a revisão do CCT entre a Associação dos Operadores Portuários dos Portos do Douro e Leixões e outra e o Sindicato dos Estivadores, Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões, publicada no BTE n.º 20, de 29/05/2019, permite logo perceber a similitude dos três IRCT [incluindo o agora anunciado em Setúbal].
“A única diferença, que, convenientemente, não é falada em Leixões e na Figueira da Foz é relativa às actualizações salariais que foram negociadas pelo SEAL em Setúbal”, acrescenta.
Os CCT de Setúbal
Sobre as anunciadas vantagens do acordo do SEP 265 com a Operestiva sobre o CCT firmado pelo SEAL em Setúbal, o comunicado do sindicato de António Mariano trata de rebatê-las, ponto por ponto, apelidandos-as de “invenções” e mentiras.
É assim no relativo à atribuição de prémios, que o SEAL diz rejeitar que “seja efectuada de acordo com a vontade do patrão, sem critérios definidos, com o intuito de dividir trabalhadores”.
É também assim relativamente à subida de nível dos trabalhadores contratados em Dezembro do ano passado, com o SEAL a sustentar que com o CCT “a subida de nível está automaticamente garantida para todos os trabalhadores (…) ao contrário do que se verifica no AE”.
E é assim, ainda, sustenta o SEAL, no concernente ao aumento de 1% nas tabelas de remuneração (que o Grupo Yilport terá recusado em sede de negociação do CCT); e no toca às regras de colocação, com o sindicato a negar “que esteja previsto no CCT (…) que o trabalho suplementar seja realizado apenas por trabalhadores eventuais”.
Na eventualidade, esperemos que NÃO ACONTEÇA, dos comunistas impedirem as dragagens nos portos de Leixões e Setúbal, resta a Portugal o terminal XXI do porto alentejano de Sines, pq o de Alcantara “já era” !