Terminado o estado de emergência, regressa a greve dos estivadores do porto de Lisboa, promovida pelo SEAL e para durar até 1 de Junho.
Os estivadores de Lisboa associados do SEAL retomaram a greve anunciada, à condição, no passado 30 de Março, em pleno estado de emergência. De acordo com o pré-aviso então divulgado, “a greve aplicar-se-á em todas as operações realizadas, seja qual for o período de trabalho, normal ou suplementar, para a execução das quais as entidades empregadoras ou utilizadoras de mão-de-obra portuária contratem ou coloquem trabalhadores estranhos à profissão e que não integrassem o contingente efectivo e eventual à data de 4 de Fevereiro de 2020”.
A dúvida está agora em saber qual será o impacto da paralisação na actividade do porto de Lisboa. Isto porque todos os estivadores que integravam a A-ETPL estão impedidos de trabalhar, por causa da insolvência da empresa (contestada pelo sindicato), e porque no entretanto os grupos Yilport e ETE reforçaram os quadros das suas próprias empresas de trabalho portuário, Porlis e ETE Prime, respectivamente, com algumas dezenas de novos trabalhadores.
As greves dos estivadores de Lisboa promovidas pelo SEAL estendem-se há meses, em protesto, é dito, contra os salários em atraso, o incumprimento do Contrato Colectivo de Trabalho, a actuação dos grupos Yilport, ETE e TMB na A-ETPL e, mais recentemente, a declaração de insolvência da empresa de trabalho portuário e o despedimento de todos os seus cerca de 150 trabalhadores.
Afinal há algo pior do que o Covid 19 são os sindicatos de estivadores SEAL, eram todos despedidos se eu fosse o patrão da Yilport dona dos terminais em Lisboa e Setúbal !!