A União Internacional de Seguros Marítimos (IUMI, na sigla em inglês) pede às companhias de navegação que melhorem as capacidades de combate a incêndios a bordo.
Os incêndios a bordo de porta-contentores continuam a ser motivo de preocupação. Os dados mais recentes do TT Club contabilizam este ano uma vítima pelo menos a cada 30 dias, contra uma a cada 60 dias no ano passado. Os incidentes deste ano incluíram incêndios no Yantian Express, APL Vancouver, ER Kobe, KMTC Hong Kong e a perda do Grande America, da Grimaldi.
“As capacidades de combate a incêndios a bordo de porta-contentores são deficientes e precisamos avançar para melhorar a segurança da tripulação, do meio ambiente, da carga e dos próprios navios”, afirmou Helle Hammer, presidente do fórum de políticas da IUMI, numa reunião realizada na Noruega.
“A declaração incorrecta de mercadorias tem sérias implicações de segurança e é a raiz do problema por detrás desses trágicos incidentes. Há consenso entre especialistas de que os meios actuais para controlo de um incêndio no porão têm pouco efeito. Os objectivos de segurança estabelecidos na [Convenção] SOLAS parecem não ser cumpridos e, à luz das várias mortes recentes, é hora de agir”, acrescentou Helle Hammer.
A IUMI manifestou a preocupação com os incêndios nos porta-contentores em Junho, na reunião do Comité de Segurança Marítima da IMO. A mesma organização apela, agora, aos Estados de bandeira que levem a questão à agenda da IMO em 2020.
Penso que a IUMI pode pedir a “Companhias” (obrigatóriamente certificadas de acordo com o código ISM) para ter tripulações mais bem treinadas, menos “voláteis” devido a contratos precários de curta duração, etc. Pedir mais para os navios de contentores? especialmente aos que têm sofrido mais e graves incêndios ? navios que pertencem e/ou são operados por grandes companhias presumivelmente de qualidade, a nivel mundial?
Talvez o problema também resida no plano de peamento de contentores que, falo por experiência própria, não raras vezes parece ser deficiente embora aprovado pelo Estado de bandeira/Soc. Classificadora.
Também penso que o problema reside mais na estiva e segregação de cargas dentro dos contentores (antes do embarque) não cumprindo com as regras e boas práticas devidas (também falo com conhecimento de causa); quem fiscaliza a consolidação da carga terá a devida formação/competência?