Sérgio Silva Monteiro deixa o Governo para regressar à banca mas manter-se-á activo nas privatizações. Vender o Novo Banco é a sua nova missão.
Com a tomada de posse do novo Governo, o ainda secretário de Estado dos Transportes cessará funções. Mas não regressará à Caixa Banco de Investimento, cujos quadros integra. Irá directo para o Fundo de Resolução, para assumir a liderança do processo de venda do Novo Banco.
Sérgio Silva Monteiro integrou o Governo que agora termina funções desde a primeira hora, tendo aí chegado proveniente da administração da Caixa BI, braço de investimento da CGD, que esteve envolvida em vários dos processos de PPP rodoviárias e ferroviárias lançadas pelo anterior Executivo.
Com uma Secretaria de Estado do tamanho de um Ministério, Sérgio Monteiro foi forçado a trabalhos de Hércules na área dos Transportes e nem sempre foi bem sucedido, ou compreendido.
Sai do Executivo com vários dos dossiers ainda em suspenso, casos das privatizações da TAP e da CP Carga, e das subconcessões da Carris e Metropolitano de Lisboa, STCP e Metro do Porto, com todos os contratos assinados mas ainda não válidos.
Assinadas e validadas estão (quase todas) as renegociações das PPP rodoviárias. Mas o Tribunal de Contas ainda ontem insistiu nos riscos de, em tempo, as poupanças agora anunciadas não se verificarem.
A revisão da lei do trabalho portuário, a criação da AMT e a transformação do INAC em ANAC, o novo Regime Jurídico dos transportes públicos de passageiros (que em definitivo substituiu o velhinho RTA), o PETI 3+, a privatização da ANA são apenas alguns dos marcos do consulado de Sérgio Monteiro.
O próximo desafio é vender o Novo Banco.