Depois de dois recordes anuais sucessivos, o porto de Setúbal encerrou 2015 com 7,5 milhões de toneladas processadas, menos 7% que em 2014 mas ainda assim o segundo melhor resultado de sempre.
Na análise aos resultados, a administração liderada por Vítor Caldeirinha sublinha o crescimento de cerca de 24% na movimentação de cargas alcançado no último triénio. E destaca a importância acrescida das cargas de maior valor acrescentado – contentores e ro-ro -, “uma mudança estrutural” verificada “em particular no último semestre” face aos tráfegos tradicionais de “cargas industriais pesadas”.
E, de facto, em 2015 apenas as cargas contentorizada e ro-ro cresceram face a 2014. No primeiro caso, 23,3%, para 1,3 milhões de toneladas; no segundo 13% para 266,7 mil toneladas. O movimento de contentores atingiu os 121 165 TEU (mais 17%); o número de viaturas carregadas/descarregadas chegou aos 168 714 (mais 13,2%).
No mais, 2015 foi de pausa (?) na tendência de crescimento. A carga geral cedeu 1,6% para 4,4 milhões de toneladas, penalizada pela quebra de 10,8% na carga geral fraccionada (ficou-se nos 2,9 milhões de toneladas). Os granéis sólidos recuaram 13,1% para 2,8 milhões de toneladas. Os granéis líquidos caíram 18,3% até cerca das 314 mil toneladas.
Em 2015, o movimento de navios no porto setubalense cresceu 2,5% em termos homólogos e, mais do que isso, a dimensão média (medida em GT) aumentou 9%, como que a querer dar razão aos que defendem a melhoria das acessibilidades marítimas do porto da foz do Sado.