O porto de Setúbal vai poder movimentar comboios de 750 metros. O concurso para a melhoria das infra-estruturas ferroviárias será lançado no segundo semestre, avançou o presidente da APSS.
O investimento previsto é de 20 milhões de euros, com a Infraestruturas de Portugal a suportar 15 milhões e a administração portuária sadina a suportar o resto, precisou Carlos Correia, falando no workshop sobre a intermodalidade no porto de Setúbal, promovido pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS e a Intermodal Portugal.
O investimento previsto prevê, desde logo, a electrificação da rede ferroviária interna do porto (praticamente todos os terminais de serviço público têm ferrovia), o que reduzirá as manobras e poupará tempo, dinheiro e emissões poluentes.
Mesmo com as actuais limitações, o porto de Setúbal é o segundo nacional em termos de número de comboios (só superado por Sines), com cerca de 30% das cargas a entrarem/saírem do porto em comboio.
Mas as possibilidades de crescimento são muitas, garantiu Manuel Novais, administrador da Rodocargo, empresa que gere o encaminhamento ferroviário dos automóveis da Autoeuropa (e não só) para o porto da foz do Sado. Assim haja, desde logo, mais espaço para parquear os veículos dentro do perímetro portuário e tratar ali da sua distribuição para os destinos finais.
António Nabo Martins, presidente executivo da APAT, alinhou pela mesma bitola e lembrou que Setúbal poderá ser o porto que mais ganha com o novo Corredor Internacional Sul. Mas, lembrou, faltam terminais, faltam portos secos, faltará a Bobadela…
O workshop sobre a intermodalidade no porto de Setúbal reuniu perto de uma centena de paarticipantes e contou ainda com as intervenções de Ignacio Rodriguez (Yilport Setúbal) e Pedro Constantino (Tersado). António Belmar da Costa fez a apresentação da Intermodal Portugal e Porfírio Gomes, presidente da Comunidade Portuária, encerrou a sessão.