Os tráfegos de shortsea em Espanha caíram 11,1% no primeiro semestre de 2020, para 119,7 milhões de toneladas, devido à Covid-19.
O SPC Spain enquadra esta descida do shortsea na contracção registada em todo o sistema portuário espanhol, que movimentou menos 10,7% de mercadorias no primeiro semestre.
O impacto da pandemia foi maior no tráfego de cabotagem, que caiu 16,7% em relação ao período homólogo do ano passado, acima da descida de 9,8% do tráfego internacional.
O tráfego internacional de cabotagem ro-ro diminuiu 11,5%, para 10,1 milhões de toneladas (no primeiro semestre de 2019 havia crescido 10,1%), com uma descida maior na frente atlântica (-13,7%) do que na fachada do Mediterrâneo (-11,5%).
Os dados da SPC Spain indicam que todos os tráfegos da frente do Atlântico caíram, com excepção para a Bélgica, que aumentou 15,6%. No Mediterrâneo, os fluxos com todos os países diminuíram, sendo a Itália a mais pronunciada (-18,5%) e Marrocos a mais moderada (-2,9%).
Por sua vez, todos os portos sofreram reduções nos fluxos de shortsea, ambos ro-ro, excepto Santander, na costa atlântica, que manteve os seus números graças aos fluxos com a Bélgica, e, na fachada mediterrânea, Algeciras e Almería.
As suspensões temporárias das auto-estradas do mar do porto de Vigo com França ou de Motril com Marrocos, devido à Covid-19, são a causa das diminuições registadas nestes portos. Já nos portos de Valência e Barcelona, as reduções devem-se à contracção dos tráfegos com Itália. Outro dos aspectos destacados pelo SPC Spain é o impacto no shortsea dos veículos em regime de mercadorias, que experimentou uma queda drástica de 38,1% em relação ao mesmo semestre de 2019.