Os sindicatos e a Menzies chegaram a acordo, abrindo caminho à apresentação do plano de recuperação da Groundforce.
O “acordo de princípios” na Groundforce foi anunciado em comunicado conjunto pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) e pelo Sindicato dos Técnicos de Handling e Aeroportos (STHA), que o consideraram “extremamente satisfatório para os trabalhadores”.
Nomeadamente, foi acordado o “reposicionamento de 222 trabalhadores” estagnados há muitos anos em graus sem tempo de permanência; o “reposicionamento de 84 trabalhadores” que “estavam na Empresa, via ETT, em Janeiro de 2011 e que sofreram uma redução salarial no seu salário base com a transição para o AE 2012”, e o “subsídio de transporte universal”, de “75€/mês para trabalhadores com horários irregulares e 30€/mês para horários regulares”.
No que toca a remunerações, sindicatos e Menzies chegaram a acordo, entre outras matérias, sobre “a integração do CET [complemento extraordinário e temporário] no vencimento base (que funcionará também como ponto de partida para 2024)”, e para 2024 a 2026, sobre um “aumento anual (…) ligado ao IPC (inflação anual), de forma a garantir a execução da nossa proposta (140€ em cada grau nos 3 anos)”.
Acordada foi ainda “a eliminação do Prémio de distribuição de lucros, bem como a redução gradual do recurso a Empresas de Trabalho Temporário” e o “pagamento dos créditos efectivos aos trabalhadores que têm a receber retroactivos de evoluções de carreira entre o período de Janeiro de 2020 e Julho de 2021” acrescenta o comunicado.
Com o acordo agora alcançado, os gestores da insolvência da Groundforce podem avançar com “o depósito do plano de recuperação no tribunal até ao próximo dia 17, devendo ser votado nos 45 dias seguintes”. Caso tudo corra como previsto, a Menzies assumirá a gestão da empresa no último trimestre deste ano.
Em Abril, a Menzies Aviation acordou com a TAP a tomada de uma posição de 50,1% no capital da Groundforce.