Os sindicatos da Groundforce continuam sem chegar a acordo com a Menzies, anunciada como futura nova dona da empresa, e admitem já recorrer à greve.
Em comunicado emitido no final de mais uma reunião inconclusiva, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) e o Sindicato dos Técnicos de Handling e Aeroportos (STHA) insistiram em que “não serão os trabalhadores da Groundforce a subsidiar o pagamento integral aos credores, bem como descontos a quaisquer clientes”
E reforçam dizendo que os trabalhadores “não abdicam de nenhuma forma de luta, não descurando que possam optar pela greve, caso a possibilidade de acordo seja gorada”.
Entre os pontos que permanecem em aberto, avulta o do modelo das tabelas salariais, referem as estruturas sindicais.
Foi ainda proposta a integração do complemento extraordinário e temporário (CET) nos salários base este ano, destacaram, indicando que foi aceite “também a resolução de dois pontos prévios” em relação a “trabalhadores que se encontram estagnados em graus sem tempo de permanência” e funcionários “que estavam na empresa em 2011 e foram integrados no AE2012 [acordo de empresa], com salários base inferiores”.
Além disso, destacaram, “da parte da Menzies foi abandonada a proposta de quaisquer congelamentos nas anuidades e nas progressões de carreira”, algo que consideram “naturalmente positivo”, ainda que se mantenha a proposta de eliminação do prémio de distribuição de lucros.
A próxima reunião entre representantes dos sindicatos e da Menzies está agendada para terça-feira, dia 11, numa altura em que, segundo fonte sindical citada pela “Lusa”, se aproxima o fim do prazo para que os administradores de insolvência apresentem o plano de recuperação da empresa, para ser votado em assembleia de credores.
A TAP e a Menzies assinaram em Abril passado um acordo que prevê a entrada da Menzies na Groundforce, com uma posição de 50,1%.