Sines reentrou, em 2020, no top 15 europeu dos portos de contentores. E nos primeiros nove meses de 2021 está no top 3 dos que mais crescem.
Os dados foram agora divulgados por Theo Notteboom, da PortEconomics. Em 2020, o porto de Sines foi dos poucos que cresceu na movimentação de contentores, e logo 13%, para 1,6 milhões de TEU. Foi a segunda melhor performance entre os 15, e com isso galgou do 19.º para o 15.º lugar do ranking europeu dos maiores portos de contentores do Velho Continente.
Já este ano, no balanço dos primeiros nove meses, Sines cresceu 22,5% em termos homólogos. Melhor só fizeram Le Havre/Rouen, Barcelona e Zeebrugge, sendo que os dois primeiros sofreram perdas de dois dígitos no ano passado e o porto belga cresceu em 2020 pouco mais de metade do português, em termos percentuais.
Os dados compilados e divulgados por Theo Notteboom não contemplam, para os primeiros nove meses de 2021, Gioia Tauro e Marsaxlokk, mas essa ausência não altera o essencial do Top 15.
No seu exercício, o analista da PortEconomics compara ainda a performance dos portos do Top 15 na ressaca da crise financeira de 2008 e desde o pré-crise (2007) e 2020, e em ambos os casos Sines volta a destacar-se. Na comparação entre 2008 e 2009, o porto português teve o terceiro maior crescimento (8,7%) da amostra. E entre 2007 e 2020 Sines e o Terminal XXI foram, de muito longe, os que mais progrediram (972,2%).
Roterdão, que continua líder entre os portos europeus de contentores, cresceu 7,8%, em termos homólogos, nos primeiros nove meses de 2021, e com isso alargou a vantagem sobre Antuérpia e Hamburgo. O porto grego do Pireu, que nos últimos anos se destacou a crescer, perdeu 1% e pode ter o quarto lugar em perigo face à aproximação de Valência. Na inversa, Algeciras tem Bremerhaven cada vez mais perto.
Espanha é o país mais representado neste top 15 europeu, com três portos: Valência (5.º), Algeciras (6.º) e Barcelona (9.º).
