A Refer anuncia para 23 de Julho a conclusão da modernização do troço Bombel – Casa Branca – Évora da linha que há-de servir o tráfego de mercadorias entre o porto de Sines e a fronteira. Fica a faltar a ligação ao Caia, dependente do avanço da Alta Velocidade.
Cerca de um ano, tal como previsto inicialmente, foi o tempo que demorou a intervenção no troço da Linha do Alentejo / Linha de Évora, que doravante permitirá a circulação de comboios (de passageiros) a velocidades na ordem dos 190-200 km/hora. E com isso o tempo de viagem entre Lisboa e Évora poderá reduzir-se em cerca de 20 minutos.
O investimento anunciado para esta intervenção rondava os 120 milhões de euros.
Além desta obra foram já realizadas pela Refer intervenções na variante de Alcácer (147 milhões de euros) e na estação da Raquete (17,6 milhões de euros). E decorrem os trabalhos na estação de Évora (avaliados em 4,3 milhões de euros).
Os melhoramentos beneficiam em geral a rede ferroviária no Sul do País (no caso, as ligações ao Algarve e ao Alto Alentejo) além do que são parte integrante da projectada linha exclusiva para o tráfego de mercadorias que há-de aproximar o porto de Sines do mercado espanhol.
Quando toda a linha estiver concluída a ligação de Sines à fronteira ficará mais curta 137 quilómetros, o que reduzirá os custos e os tempos de trânsito das mercadorias. Além do que a nova linha permitirá uma maior capacidade de tracção (também com reflexos nas duas variáveis referidas).
Falta o troço entre Évora e o Caia, que há-de desenvolver-se em paralelo com a linha de Alta Velocidade Poceirão-Caia, e que será construída pelo consórcio vencedor da PPP, assim o Tribunal de Contas valide o contrato e caso não haja uma inflexão da estratégia relativamente à Alta Velocidade.