Sines cresceu 56% em Junho e os portos nacionais acabaram o semestre a ganhar 10,9%, com um total de 47,3 milhões de toneladas.
No primeiro semestre de 2024, os portos nacionais movimentaram mais 4,4 milhões de toneladas que no período homólogo de 2023. Sines contribuiu com 5,1 milhões e a Figueira da Foz com 35 mil.
Um Junho excepcional (subida de 29,2% nos volumes movimentados) catapultou os portos nacionais para um crescimento acumulado de 10,9% no primeiro semestre, com um total de 47,3 milhões de toneladas, revelou hoje a AMT.
O porto de Sines, a crescer 56%, foi o responsável pela excepcionalidade mensal, e no semestre avançou 26,7%, ou 5,1 milhões de toneladas, para 26,7 milhões de toneladas. E com isso garantiu o crescimento estatístico do sistema portuário.
No final do primeiro semestre, o porto alentejano detinha uma quota de mercado de 56,6%, em termos globais, que subia para os 60% quando se fale de contentores (TEU).
Além de Sines, apenas o porto da Figueira da Foz fechou o semestre em terreno positivo, com um ganho de 3,3% (as tais 35 mil toneladas) e um total de 1,1 milhões de toneladas.
No mais, o porto de Leixões movimentou 7,1 milhões de toneladas (menos 3,9%), Lisboa fez 5,9 milhões (menos 0,4%), Setúbal 3,3 milhões (menos 0,6%), Aveiro 2,8 milhões (menos 4,8%) e Viana do Castelo 153 mil (menos 9,2%).
Numa análise-síntese aos movimentos dos diferentes tipos de mercadorias, a AMT destaca:
“O acréscimo de movimentação de Produtos Petrolíferos (+3,4 milhões de toneladas; +81,2%), da Carga Contentorizada (+2 milhões de toneladas; +20,4%) e de Minérios (+144 mil toneladas) no porto de Sines, a que se juntaram os incrementos de Carga Contentorizada (+330 mil toneladas; +16%) e de Carga Fraccionada (+285 mil toneladas; +292,6%) em Lisboa e do movimento de Outros Granéis Sólidos (+132 mil toneladas; +13,6%) e de Carvão (+123 mil toneladas; +213,5%) em Setúbal; e
“As reduções dos Outros Granéis Sólidos (-441 mil toneladas; -41,5%) e dos Outros Granéis Líquidos (-166 mil toneladas; -40,9%) no porto de Lisboa, do Gás Liquefeito (-282 mil toneladas; -13,3%) e dos Outros Granéis Líquidos (-113 mil toneladas; -71,5%) em Sines, da carga Roll On-Roll Off (Ro-Ro) (-158 mil toneladas; -23,2%), dos Produtos Petrolíferos (-131 mil toneladas; -11,2%) e dos Outros Granéis Sólidos (-128 mil toneladas; -18,9%) no porto de Leixões, bem como, ainda, da Carga Fraccionada (-166 mil toneladas; -15,2%) no porto de Aveiro”.
Na movimentação de contentores, o saldo do primeiro semestre foi positivo em 13,6%, num total de 1,649 milhões de TEU. Sines movimentou 989,2 mil (+22,2%), Leixões 346,8 mil (-0,3%), Lisboa 215,4 mil (+9,9%), Setúbal 78,1 mil (-3,2%), Aveiro 10,6 mil (+57,4%) e Figueira da Foz 9 mil (-14,1%).
Em termos globais, os movimentos de transhipment aumentaram 28,6%, para 845 mil TEU, enquanto o tráfego com o hinterland cresceu 1,2% para 804 mil TEU.
Com o “salto” de Junho, os portos nacionais afastaram-se da performance dos seus vizinhos espanhóis no semestre. A AMT sublinha a propósito que enquanto por cá o crescimento foi de 10,9%, do lado de lá fronteira ficou-se pelos 3,3%. Nos contentores, os portos lusos “ganharam” poe 16,3% – 12,4%.