As perturbações laborais fizeram Sines perder 774 mil toneladas nos primeiros cinco meses e a maioria absoluta na movimentação de cargas nos portos portugueses, assinala a AMT.
Entre Janeiro e Maio, os portos do C0ntinente movimentaram 37,6 milhões de toneladas, menos 2,2%, ou 834 mil toneladas, que no período homólogo de 2018, divulgou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Sines foi o porto mais penalizado em termos absolutos.
O regulador justifica a quebra global do tráfego portuário com o recuo na movimentação de petróleo bruto (menois 1,15 milhões de toneladas) e com as perturbações laborais no porto alentejano. Ali, o tráfego global recuou 4%, apesar do aumento da movimentação de produtos (mais 588 mil toneladas).
Em Sines, a greve dos estivadores representou uma perda de 40,8 mil TEU, refere a AMT. Mas atingiu unicamente o transhipment, que assim caiu 16,1% para 451,4 mil TEU. Ao invés, os movimentos do hinterland crescferam 31,6% até aos 190,1 mil TEU, sublinha.
Leixões e Aveiro em máximos
A cada mês que passa, Leixões e Aveiro renovam os máximos históricos para o acumulado do ano. Leixões cresce 3,1% e Aveiro 1,2%.
Ao invés, Sines recua 4%, Lisboa perde 4,6%, a Figueira da Foz 15,6% e Faro 4,3%. Curiosamente, o comunicado da AMT é omisso relativamente a Setúbal e Viana do Castelo.
Com isto, Sines perde a maioria absoluta em termos de tonelagem movimentada, passando a deter uma quota de 49,6%, seguido de Leixões (21,9%), Lisboa (12,4%), Setúbal (7,6%) e Aveiro (5,9%).
Leixões com recorde de contentores
O movimento de contentores nos portos do Continente, em termos acumulados, recuou 0,9%, ou 10,6 mil TEU, nos primeiros cinco meses do ano, segundo a AMT, que não divulga números absolutos.
Leixões destaca-se, com um novo recorde, fruto de um aumento homólogo de 12,2%. Sines perdeu 40,8 mil TEU e Lisboa recuou 1,5%.
Em termos de quotas de mercado, Sines continua a liderar, detendo uma quota de 53,8%, seguindo-se Leixões (24,3%), Lisboa (15,9%), Setúbal (5,3%) e Figueira da Foz (0,8%).
Há 10 anos o porto de Tanger, em Marrocos, não existia, agora movimenta o triplo !!! do nosso porto de Sines por falta de gestão da MINISTRA MAR que só mete água !!!