Sines, a par de Roterdão e Valência, é um dos “laboratórios” do projecto europeu Planet, que a Comunidade Portuária e Logística de Sines (CPLS) integra.
O projecto Planet (de “Progress towards Federated Logistics through the Integration of TEN-T into a Global Trade Network”) arrancou no passado dia 1 e prolongar-se-á até 31 de Maio de 2023.
No essencial, pretende-se “ir além dos estudos conhecidos sobre a Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), demonstrando de forma rigorosa a utilização de tecnologias emergentes nos corredores de ligação China – UE – EUA”, refere o comunicado emitido pela CPLS.
“O projeto assenta em dois pilares:
- Modelação dinâmica das rotas comerciais e do seu impacto nas infraestruturas logísticas e nas operações da RTE-T, tendo em conta fatores geo-económicos.
- Transformação digital da RTE-T, com ganhos económicos e ambientais, utilizando tecnologias disruptivas, designadamente IoT, Blockchain, PI, 5G, Impressão 3D, hyperloop e veículos autónomos”, acrescenta.
Sines, Roterdão e Valência servirão de laboratórios-vivos, desde logo, para medirem os fluxos de cargas através dos corredores da RTE-T que integram (no caso de Sines, o corredor Atlântico). Mas não só. Também serão o foco da investigação de soluções inovadores para a coordenação de cadeias de abastecimento multimodais complexas, envolvendo actores públicos e privados.
O consórcio multinacional responsável pelo projeto compreende 33 parceiros de 14 países,
Segundo Jorge d’Almeida, presidente da CPLS, “a participação do complexo portuário e logístico de Sines neste ambicioso projecto, a par de Roterdão e Valência, demonstra bem a crescente importância de Sines e de Portugal no xadrez logístico global”.
Financiado pela União Europeia, no âmbito do programa Horizonte 2020, o Planet agrega 33 parceiros de 14 países, sendo a CPLS o único representante português. Tem um orçamento de cerca de 7,1 milhões de euros, dos quais 116 mil estão alocados à participação lusa.