O porto de Sines foi o que mais cresceu na movimentação de contentores no primeiro semestre, entre os 15 maiores portos europeus.
O porto de Sines cimentou o seu 14.º lugar no top 15 dos maiores portos europeus de contentores, tendo crescido 25%, em termos homólogos, no primeiro semestre, para um total de 1,665 milhões de TEU. Foi a melhor performance entre os seus pares, de acordo com os dados coligidos por Theo Notteboom.
A crise do Mar Vermelho impactou a geografia da movimentação de contentores, em particular nos portos do Mediterrâneo. E com isso, Sines, Barcelona e Valência cresceram a dois dígitos, destacando-se o porto português. Já Algeciras não logrou capitalizar o movimento.
Na inversa, o porto do Pireu, uma estrela em ascensão nos últimos anos, sofreu uma quebra de 12,9% nos volumes movimentados, resultado do desvio das cargas, do Canal do Suez para a Rota do Cabo.
Na sua análise, Theo Notteboom destaca o forte crescimento geral da actividade (com sete dos 15 portos considerados a crescerem a dois dígitos), em contraste com 2023.
Antecipando o final do ano, e assumindo que a tendência se manterá, aquele especialista prevê algumas mudanças no ranking, desde logo, com Valência a tomar o quarto lugar do Pireu e a reassumir a liderança no Mediterrâneo europeu.
Também Algeciras e Bremerhaven poderão superar o porto grego, atirando-o para o sétimo lugar do ranking.
Na frente, destacados, ainda que a crescer menos que os demais, continuarão Roterdão, Antuérpia-Bruges e Hamburgo.
No caso de Sines, é provável que continue a afastar-se de Marselha (15.º no ranking) e a aproximar-se de Gdansk, mas ainda sem ameaçar a sua 13.ª posição.