O concurso para a concessão do terminal Vasco da Gama ficou deserto. Um novo procedimento, mais flexível, será lançado assim a conjuntura o permita, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS o presidente do Porto de Sines.
Lançado em Outubro de 2019 e prorrogado em Maio de 2020, o concurso para a concessão do terminal de contentores Vasco da Gama, no porto de Sines, encerrou ontem sem que qualquer proposta tivesse sido apresentada. A pandemia, com a incerteza mundial que originou e mantém, é a causa directa apontada pela administração portuária.
“Mais de 50 entidades, da Ásia, América e Europa, levantaram o caderno de encargos”, recordou, ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS José Luís Cacho, mas “com a pandemia notou-se um arrefecimento do interesse”, justificou, sublinhando tratar-se “de um investimento privado e de grande monta”.
O desfecho do concurso já era esperado e, por isso, a administração portuária e a tutela estão “a trabalhar num novo concurso, adaptando-o ao contexto actual, flexibilizando algumas das exigências”, para o tornar mais atractivo aos potenciais investidores”, referiu o presidente da APS.
O concurso agora concluído, recorde-se, previa um investimento privado de 642 milhões de euros, dando como contrapartida a concessão por um prazo de 50 anos, prorrogável uma única vez por dez anos. O terminal anunciado tinha uma capacidade de 3,5 milhões de TEU/ano, dispondo para tal de uma frente de cais de 1 355 metros, com fundos de -17,5 metros, e dotados de 15 pórticos de cais de última geração, além de um terrapleno de 46 hectares.
O timing para o lançamento do novo concurso será determinado pela tutela, “assim entenda que o contexto é mais propício”. Do lado da administração portuária, tudo estará pronto, garante José Luís Cacho, para “se a tutela decidir para o próximo mês, lançaremos de imediato o novo concurso”.
Não tivesse a pandemia atrapalhado os planos, o terminal Vasco da Gama deveria estar operacional “em 2026/27”. O líder do porto alentejano acredita que isso ainda será possível, mas sublinha que “não estamos a falar de um projecto para amanhã, pelo que se não acontecer amanhã será depois de amanhã”.
No entretanto, Tânger, Valência, Algeciras, concorrentes directos de Sines no mercado de transhipment na região, têm em curso, ou previstos, planos de expansão. José Luís Cacho reconhece o contratempo, mas mantém que “há espaço para todos”, até porque “o mercado tem crescido 8,5% ao ano nos últimos 7-8 anos”, e que “Sines está a crescer, e continuará a crescer mais do que os outros, sobretudo devido à sua competitividade e eficiência operacional”.
Para isso, vale o investimento da PSA Sines na expansão do Terminal XXI – “o maior investimento externo em Portugal contratado em 2019”, destaca.
É triste ler e ouvir o actual presidente do porto de Sines mentir tantas vezes “á imagem” de josé sócrates, com efeito foi precisamente desde que ele, josé luís cacho, tomou posse no cargo que o TXXI deixou de crescer. Na verdade os “ani«os de Ouro” do crescimento aconteceram com a ex-presidente agora jubilada (infelizmente a Engª Lídia Sequeira que o TXXI se aproximou de Barcelona tendo depois iniciado este paragem dramática até 2019 todos estes anos aqui prevemos que a demora na expansão ia ser aproveitada por toda a concorrência e aconteceu !
os “anos de Ouro” …