Apesar do arranque de ano difícil e da Covd-19, o Porto de Sines prevê crescer 10% na carga contentorizada, em contraste com a generalidade dos maiores congéneres europeus.
Num texto publicado na revista da APS, em que faz o balanço de 2020 e perspectiva 2021, José Luís Cacho, presidente do poto alentejano, sublinha que “por termos sabido resistir, vamos crescer perto de 10% na carga contentorizada, a que somaremos outros resultados positivos também”.
Os últimos dados estatísticos relativos à movimentação de mercadorias em Sines reportam a Setembro. Nos primeiros nove meses do ano, a carga contentorizada avançou, em termos homólogos, 12,1% em tonelagem e 8,3% em TEU (1,17 milhões).
O tráfego de transhipment continua a dominar em Sines, mas tal como a AMT já o sublinhou por mais de uma vez, os movimentos de import/export estão a crescer rapidamente e já têm também uma forte expressão, mesmo no contexto nacional.
O crescimento de Sines na carga contentorizada contrasta com a performance dos 15 maiores portos de contentores da Europa, nos primeiros nove meses do ano.
De acordo com os dados coligidos por Theo Notteboom, apenas Antuérpia cresceu marginalmente (0,5%), com a maioria a registar perdas entre os -1,3% (Algeciras) e os -23% (Le Havre).
No balanço de “um ano muito duro para todos os portugueses”, José Luís Cacho destaca, em Sines, a apresentação do Plano Estratégico, o arranque da Janela Única Logística, a expansão do Terminal XXI, o avanço da modernização da ligação ferroviária à Linha do Sul e a participação da CPLS no projecto europeu PLANET, entre outras boas notícias.
“Não só queremos, como já estamos a afirmar Sines como um porto para o Mundo, trazendo o Mundo para o Porto. Em 2021 continuaremos a AVANÇAR, porque sabemos RESISTIR”, remata o presidente da APS.