Nos primeiros oito meses do ano, os portos do Continente perderam 8,8% das cargas. Em Agosto já ganharam 12%, por causa de Sines.
Entre Janeiro e Agosto, o movimento de mercadorias nos portos do Continente totalizou 53,7 milhões de toneladas, menos 8,8%, ou 5,2 milhões de toneladas que no período homólogo de 2019.
De acordo com o relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), Lisboa foi o porto que mais cargas perdeu (1,7 milhões de toneladas), seguido de Leixões (1,6 milhões) e de Sines (1,2 milhões). Aveiro perdeu 478 mil toneladas e Setúbal 216 mil.
Figueira da Foz e Faro foram as excepções à “maré baixa”, mas sem expressão estatística.
Os produtos energéticos, que quando em alta servem para inflacionar os números, são agora os principais responsáveis pelo mau resultado global. Desde logo, o carvão, com uma quebra de 1,9 milhões de toneladas (e sem retorno). Mas também os produtos petrolíferos (menos 1,7 milhões de toneladas) e o petróleo bruto (menos 509 mil toneladas). E ainda os outros granéis sólidos (menos 489 mil).
Em alta apenas estão a carga contentorizada e os minérios, mas também ambos sem expressão.
Agosto em alta à custa de Sines
Em Agosto, a actividade portuária regressou ao crescimento, e logo de 12%, mas isso deveu-se exclusivamente à performance de Sines, que movimentou mais quase 47% de cargas que no mês homólogo de 2019.
O resultado excepcional do porto alentejano é explicado pela AMT pelo facto de a comparação ser feita com o pior mês do ano passado, e também pelo aumento de 69% na movimentação de contentores (89% no transhipment, no melhor registo dos últimos 19 meses).
Todos os demais portos mantiveram-se em perdas: Leixões (-12%), Lisboa (-9%), Setúbal (-7%), Aveiro (-15%),…