Depois de crescer quase 14% no ano findo, o movimento de contentores em Sines deverá subir este ano 5% para voltar a acelerar em 2018 com a vinda de novos armadores, prevê o presidente da APS.
No ano passado, o porto alentejano superou pela primeira vez os 1,5 milhões de TEU. Este ano, a confirmar-se a previsão, deverá superar os 1,6 milhões.
Para o futuro, “temos a perspectiva de conseguir um crescimento mais acentuado da carga contentorizada em 2018 e anos seguintes”, avança José Luís Cacho, em entrevista ao “Jornal Económico”.
Se até aqui a MSC tem sido a principal responsável pelo crescimento da actividade no Terminal XXI, a partir de 2018 a operadora helvética, número dois mundial, deverá contar com mais companhia.
“Há novas linhas e novos armadores negociados e programados para escalar o porto de Sines. Os novos pontos de destino são cada vez mais dominados pelos portos do Pacífico, uma vez que se começa já a sentir o efeito do alargamento do Canal do Panamá”, explica José Luís Cacho, escusando-se todavia a nomear os futuros novos clientes da PSA Sines.
Para os outros tipos de cargas, a previsão do presidente do porto de Sines para o ano corrente é também positiva, embora avise para a imponderabilidade de factores que influenciam os resultados finais. Por exemplo, “os volumes que atingimos em 2016 [na movimentação de granéis líquidos] vão ser menores este ano, porque a monobóia da refinaria da Galp em Matosinhos esteve em manutenção o ano passado, o que desviou carga do porto de Leixões para aqui. Mas este ano, a monobóia já está operacional”, refere José Luís Cacho.
No ano passado, o movimento de mercadorias em Sines cresceu 16,4 e atingiu um recorde absoluto de 51,2 milhões de toneladas.