Singapura deu “luz verde” à fusão dos estaleiros sul-coreanos Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME) e Korea Shipbuilding & Marine Engineering (KSOE), antes HHI.
A autoridade da Concorrência de Singapura disse ter concluído que a operação não diminuirá a concorrência entre estaleiros de forma substancial.
A entidade concorda que as duas partes são concorrentes próximos em mercados relevantes, sendo dois dos principais fornecedores globais de superpetroleiros (ULCC e VLCC de acima das 200 000 toneladas DWT) e navios-tanque de GNL de 40 000 ou mais m3.
O regulador indica, porém, que haverá fornecedores alternativos viáveis após a fusão, acrescentando que esses fornecedores alternativos têm capacidade excedente suficiente para satisfazer uma parte significativa de qualquer procura que se afaste da entidade resultante da concentração no caso de esta aumentar os preços.
UE investiga fusão
A União Europeia também lançou uma investigação sobre a fusão, avaliada em 1,8 mil milhões de dólares, com preocupações de monopólio e redução de concorrência nos mercados de construção naval, resultando em preços mais altos.
A pandemia de Covid-19 levou a Comissão Europeia a parar investigação da fusão a 13 de Julho, pela segunda vez, depois de reconhecer que a situação estava a afectar a capacidade dos estaleiros navais de fornecerem informações importantes em tempo útil.
Tendo em conta que o acordo, provavelmente, eliminará a concorrência entre os fornecedores de tipos específicos de navios, é admissível que Bruxelas obrigue a dupla sul-coreana a fazer concessões para que a fusão avance.
Além de Singapura e da UE, a fusão entre a DSME e a KSOE tem de obter aprovações de Japão, China, Cazaquistão e Coreia do Sul. O acordo recebeu “luz verde” no Cazaquistão em Outubro de 2019. As decisões dos demais reguladores ainda não foram anunciadas.