Søren Skou, o homem forte da Maersk, desafiou a IMO a banir os navios movidos fósseis em 2035 para acelerar a descarbonização do sector.
Numa publicação na sua página no LinkedIn, Søren Skou defendeu que a Organização Marítima Internacional (IMO) a decidir para o shipping tal como a Comissão Europeia decidiu para a indústria automóvel ao banir os veículos a combustão em 2025.
Uma tal decisão combinada com a imposição de uma taxa sobre as emissões de carbono dos navios dariam sinais claros ao ecossistema do shipping, e desde logo aos estaleiros de construção naval e aos produtores de combustíveis, susentou o líder da Maersk.
Recentemente, Skou propôs a aplicação de uma taxa de 450 dólares por tonelada de fuel poluente, como forma de aproximar os preços dos combustíveis actuais e dos combustíveis não poluentes do futuro.
Em Dezembro de 2018, a Maersk assumiu o compromisso de atingir a neutralidade carbónica em 2035.
Em Julho passado, a companhia dinamarquesa contratou o primeiro navio feeder alimentado a metanol e, no final de Agosto, encomendou oito (com opção para mais quatro) porta-contentores de 16 mil TEU com o mesmo tipo de combustível.