SNCF e a Trenitalia estão entre os cinco candidatos a concorrer com a Renfe na Alta Velocidade. Em meados de Dezembro se saberá quem ganhou.
Seis candidatos, incluindo a Renfe, apresentaram-se ao concurso promovido pela Adif e Adif Alta Velocidade para opeerarem serviços de Alta Velocidade na rede espanhola a partir de 14 de Dezembro de 2020. Entre eles contam-se os operadores públicos francês (SNCF) e italiano (Trenitalia).
A SNCF concorre sozinha, ao passo que a Trenitalia surge como o sócio industrial dos accionistas da Air Nostrum no consórcio ILSA. A SNCF, note-se, já opera serviços internacionais de Alta Velocidade entre Espanha e França, em parceria com a Renfe. A Trenitalia é tida como o operador ferroviário europeu mais eficiente, habituado à concorrência com privados e já com um pé no mercado britânico e francês.
A espanhola Globalia também se apresentou a concurso, em parceria com a Talgo, fabricante de material ferroviário e uma das principais fornecedoras da Renfe, nomeadamente na Alta Velocidade.
Os outros candidatos são a Globalvia, concessionária de infra-estruturas que tem em carteira, entre outros, a gestão do Metro de Sevilha ou da linha de acesso ao aeroporto de Madrid-Barajas, e a andaluza Eco Rail, com licença ferroviária desde 2013 mas até ao momento sem qualquer actividade no sector.
O concurso promovido pela Adif e Adif Alta Velocidade visa alocar capacidade nos três principais eixos da rede espanhola de Alta Velocidade a apenas três operadores, assim promovendo a concorrência à Renfe.
Se tudo correr como previsto, os vencedores do processo deverão ser conhecidos em meados de Dezembro e os contratos assinados até 15 de Março de 2020, nove meses antes da liberalização do mercado, a 14 de Dezembro do próximo ano.
A liberalização do mercado espanhol de Alta Velocidade deverá aumentar a oferta e, logo, o número de passageiros, reduzir os preços e aumentar a rendibilidade da rede, a segunda maior do mundo, só suplantada pela chinesa.