A SNCF Geodis propõe-se retirar das estradas cerca de um quinto dos camiões que hoje circulam entre a Itália e a Alemanha através da suíça.
Para tal, a companhia francesa aposta na “Transhelvetica”, uma auto-estrada ferroviária que cruzará a fronteira ítalo-suíça através do túnel de São Gotardo, atravessará todo o território helvético e entrará na Alemanha até à bacia do Ruhr e à Floresta Negra.
Em Itália, o terminal rodo-ferroviário localizar-se-á em Chiasso, junto à fronteira. Na Alemanha haverá que construir/adaptar terminais.
No arranque, em 2015, a oferta de serviços compreenderá quatro ligações ida-e-volta diárias entre o Ruhr e Chiasso, e duas entre a Floresta Negra e o terminal transalpino. O objectivo será transportar 100 mil camiões/semi-trailers a cada ano, o equivalente a 20% do tráfego actual de pesados de mercadorias naquele corredor.
Os comboios serão compostos por plataformas da Modalohr, já em uso na AE Ferroviária Alpina, que a SNCF Geodis explora em parceria com a Trenitalia, e que liga os terminais de Aiton, em França, e de Orbassano, em Itália.
O montante do investimento necessário não foi ainda divulgado, mas é certo que a SNCF Geodis espera o apoio das autoridades suíças e alemã. Para além da possibilidade de obter incentivos comunitários, através do Marco Polo II.
A SNCF Geodis aposta em criar uma rede europeia de auto-estradas ferroviárias. Para sinalizar esse objectivo, lançou recentemente, na SIL de Barcelona, a sua nova marca VIIA, que agrega as participações de 50% na citada AE Ferroviária Alpina e de 58,34% na Lorry-Rail (que explora a ligação Bettembourg-Le Boulon). E a que espera juntar em breve a AE Ferroviária Atlântica, que haverá de ligar Lille a Bayonne.