A greve dos trabalhadores das administrações portuárias foi desconvocada, na sequência da reunião entre o novo ministro das Infraestruturas e dirigentes do sindicato SNTAP.
Citado pela “Rádio Renascença”, Serafim Gomes, justificou o fim da greve com a “abertura para o diálogo” e com o facto de o ministro João Galamba ter assumido um compromisso para o desenvolvimento dos portos e de ir tutelar directamente o sector.
A greve dos trabalhadores das administrações portuárias iniciou-se a 22 de Dezembro e deveria prolongar-se até ao final do mês de Janeiro, coom paralisações às segundas e sextas-feiras em todos os portos nacionais.
Quando anunciou a greve, o sindicato acusou as administrações portuárias de “ausência total de disponibilidade” para dialogar sobre a proposta de revisão salarial para 2023, tendo o SNTAP feito “vários pedidos de reunião” que ficaram sem resposta, “nomeadamente por parte das administrações de Sines e de Lisboa”.
Os representantes dos trabalhadores apontaram ainda a “subsistência de graves situações” de violação da legislação e do acordo colectivo de trabalho em vigor, incluindo um caso que classificaram como “assédio laboral” a um trabalhador do porto de Sines.
As reivindicações salariais dos trabalhadores das administrações portuárias esbarram, à partida, com a decisão do Ministério das Finanças de limitar a 5,1% o aumento da massa salarial das empresas públicas.
A reunião com os dirigentes do SNTAP foi o primeiro compromisso de João Galamba enquanto ministro das Infraestruturas, depois de ter sucedido a Pedro Nuno Santos.