No ano passado, 704 navios foram vendidos para desmantelamento. Mas apenas 11 eram porta-contentores e com uma provecta idade, concluiu a VesselsValue.
Com a procura de capacidade a superar em muito a oferta, e com os operadores e clientes a deitarem a mão praticamente tudo o que flutuasse e pudesse transportar contentores, não admira que poucos tenham sido os porta-contentores vendidos como sucata, Na verdade, foram apenas 11.
O número representa uma quebra de 87% face aos 83 navios porta-contentores vendidos para serem desmantelados em 2020, de acordo com a VesselsValue.
Segundo a consultora, entre os 11 navios vendidos contaram-se oito feedermax, 2 handy containers e um subPanamax. Todos navios de reduzida capacidade, em linha com o que tem sido a tendência recente, sublinha o Demolition Report 2021.
E mesmo esses só terão sido vendidos, será caso para dizer, porque já estariam muito para além da idade ideal para operarem comercialmente, na casa dos 31 anos. O mais velho, o subPanamax, contava mesmo 70 anos de vida.
Mas se no segmento dos porta-contentores, poucos foram os navios abatidos no ano findo, em termos globais a VesselsValue contou 704 navios vendidos para desmantelamento. Mais do que os 583 registados em 2020 e mais ainda que os 556 de 2019.
O segmento de navios-tanque foi de longe o mais representado, com um total de 301 navios vendidos para a sucata, com a consultora a adiantar com justificações a quebra do valor dos fretes e o aumento da cotação do aço.
De resto, os estaleiros especializados no desmantelamento de navios continuam sem mãos a medir. No ano passado, os estaleiros do Bangladesh demoliram 232 navios, os da India 178 e os Paquistão 105.