A frota de porta-contentores imobilizados por falta de contentores atingiu o nível mais baixo dos últimos dois anos e poderá descer ainda mais, à medida que os operadores resistem a reduzir a oferta de capacidade apesar da quebra dos fretes.
A Alphaliner contabilizou apenas 84 navios, representando uma capacidade total de 185 mil TEU, imobilizados por falta de cargas no final de Março. No final de Fevereiro eram mais 25% e no entretanto os fretes atingiram o nível mais baixo dos últimos dois anos.
Há dois anos, no início de Março de 2009, a mesma Alphaliner apontava a existência de 453 navios parados, com uma capacidade de transporte de 1,35 milhões de TEU. No entretanto, particularmente no final do ano passado e no arranque deste, muitos navios, sobretudo de grandes dimensões, entraram no mercado.
Entre os 84 navios inactivos, a maioria é de reduzida dimensão. A casa de análise francesa fala em 22 com uma capacidade entre os 500 e os 1 000 TEU e em 27 capazes de transportar entre 1 000 e 2 000 TEU.
O número de navios imobilizados poderá até diminuir nos próximos meses, sugere a Alphaliner, à medida que os operadores se preparem para o espero aumento de procura da época alta.
Até ao momento os operadores têm resistido a reduzir a oferta de capacidade e, pelo contrário, estão a colocar no mercado mais navios e novos serviços, apesar da continuada queda dos fretes no mercado spot.
Ainda na semana passada, uma nota de research da SeaIntel Marítime Analysis previa que os dez maiores operadores mundiais de transporte marítimo de contentores poderão perder 13,3 mil milhões de dólares de receitas se se mantiver a tendência de quebra dos fretes nos principais tráfegos.