A Sogester (Sociedade Gestora de Terminais), concessionária de um terminal de contentores do porto de Luanda, vai gerir os terminais de carga do porto do Namibe, onde investirá 21 milhões de dólares.
A empresa, uma parceria entre a angolana Gestão de Fundos e a APM Terminas (Grupo Maersk), que desde 2007 explora o terminal II de contentores do porto da capital, investirá na aquisição de equipamentos de movimentação de cargas e de veículos pesados para o porto do Namibe, no sul do país, de acordo com o director jurídico da empresa.
Alexandre Bala Totó disse que a Sogester vai gerir os terminais de carga da empresa pública Porto do Namibe, ao abrigo de uma parceria com duas empresas estrangeiras, uma dos Emirados Árabes Unidos e outra da Dinamarca.
Os planos da empresa para os terminais de carga passam pela recuperação das infra-estruturas e pela introdução de métodos de gestão para se obter uma redução de custos e uma maior rentabilização dos recursos disponíveis.
Bala Totó, que falava à saída da sessão de assinatura de um contracto de investimento com a Agência Nacional Para o Investimento Privado (ANIP), disse que a Sogester encontrou no Namibe um porto com turnos pouco usuais na gestão actual das empresas portuárias, porque trabalhava-se das 7h às 15 horas, o que tornava a produtividade quase nula.
A Sogester encontrou ainda máquinas avariadas e, como consequência, o porto, terceiro maior do país em termos de movimento, depois de Luanda e Lobito, realizava quatro movimentos por navio/hora, além do que, em termos de segurança, qualquer pessoa tinha acesso às instalações portuárias.