A partir de amanhã, a SonAir, do grupo Sonangol, passará a ser accionista maioritária da STP Airways, de São Tomé e Príncipe, participada pela portuguesa EuroAtlantic.
A assembleia geral da companhia são-tomense, agendada para amanhã, aprovará o acordo com a empresa angolana, mediante o qual estará ficará com uma participação de 51% no capital.
A entrada da participada da petrolífera angolana na STP Airways far-se-á mediante um aumento de capital social, subscrito por ela, aceitando os demais accionistas reduzirem as suas respectivas posições na proporção.
Entre os accionistas da STP Airtways conta-se a portuguesa EuroAtlantic, cujos aviões asseguram as ligações regulares entre S. Tomé e Lisboa. Uma situação que poderá ser revertida caso a SonAir opte por utilizar equipamentos próprios.
O acordo firmado entre o governo são-tomense e a SonAir prevê, para além da recapitalização da companhia aérea, a disponibilização de aviões para reforço da frota.
A STP Airways foi criada em 2007. A sua frota é constituída por um único aparelho, um B757, que opera nas ligações entre as ilhas de São Tomé e de Príncipe. A companhia está na “lista negra” da União Europeia, pelo que os voos para Lisboa são assegurados pela EuroAtlantic.
A SonAir, por seu turno, é uma subsidiária da Sonangol e opera essencialmente em apoio à actividade petrolífera em Angola, com voos regulares para Benguela, Soyo, Lubango e Cabinda.
A única operação internacional da companhia é o Houston Express, operado por um B747-400 da Atlas Air, e que serve o mercado das companhias petrolíferas norte-americanas a operar em Angola.
A SonAir está igualmente impedida de voar para a União Europeia.
Desde o ano passado, a Sonangol detém a concessão do porto e do aeroporto de São Tomé, por um período de 30 anos.