As autoridades da Catalunha já controlam, directa e indirectamente, mais de 85% do capital da Spanair, depois do último reforço de capital por parte da Fira de Barcelona, que investiu mais 10,5 milhões de euros na companhia.
Com mais este investimento, o centro de exposições da capital catalã passa a ser o maior accionista individual da Spanair, com uma posição de 24,1%. A SAS, que anteriormente detinha a operadora catalã, possui agora apenas 10,9%.
Os responsáveis catalães sustentam que a operação agora concretizada estava há muito previsto. Certo é que as necessidades de financiamento da companhia não se ficam por aqui. O que torna imperativo encontrar um novo parceiro, disponível a investir numa posição minoritária.
Para cumprir o plano de negócios e lançar voos intercontinentais a partir de 2012, a Spanair precisa de mais uns 150 milhões de euros até ao final do ano. Mais investimento público estará fora de causa. A Lufthansa é um parceiro desejado. Outras hipóteses faladas são a Singapore Airlines, a Qatar Airways (a tal que está compradora e que estaria interessada na portuguesa TAP) e a Avianca.
As autoridades da Catalunha apostam na Spanair e em tornarem o aeroporto de Barcelona uma plataforma giratória no Sul da Europa para as ligações com a Ásia e a América Latina. Interessados não faltarão, desde logo no seio da Star Alliance, mas mais dispostos a fazerem acordos de “code share” do que em injectarem dinheiro nos cofres da companhia.