A Stellantis Mangualde, “motor” da produção nacional de veículos comerciais, foi a responsável pela quebra da actividade em Abril, segundo os dados da ACAP. Maio deverá ser pior.
Em Abril, a produção nacional de veículos comerciais totalizou 4 239 unidades, menos 1,7% que no mesmo mês de 2021, anunciou a ACAP. Comerciais ligeiros foram 3 820 (-3,4), e pesados contaram-se 419 (+18%), dos quais 412 camiões (+16,1%) e sete autocarros (zero há um ano).
Nos comerciais ligeiros, a Toyota Caetano aumentou a produção em 69,9%, para 265 veículos, e a Mitsubishi Fuso cresceu 3% para 514. Porém, a Stellantis Mangualde recuou 7,9% e ficou-se pelas 3 041 unidades. Foi o bastante para o resultado negativo global.
A situação deverá piorar ainda em Maio, uma vez que a unidade de Mangualde entrou em “lay-off” no passado dia 2, por dificuldades no abastecimento de componentes.
Nos camiões a Mitsubishi do Tramagal assegurou toda a produção, enquanto os autocarros estiveram a cargo da CaetanoBus.
No balanço dos primeiros quatro meses de 2022, a produção nacional de veículos comerciais ainda cresce 14%, em termos homólogos, com um total de 24 115, dos quais 22 866 (+15.4%) ligeiros, 1 238 (-6,6%) camiões e 11 (+266,7%) autocarros.
Pensando em energias alternativas, a ACAP refere a produção de 92 camiões eléctricos (Fuso eCanter) e 11 autocarros a hidrogénio (H2.CityGold da Caetanobus).
Nos quatro meses até Abril foram ainda montados 20 autocarros, longe dos 92 de há um ano.