O grupo Stellantis (resultante da fusão da Peugeot-Citroën e Fiat-Chrysler) vai investir 30 mil milhões de euros, nos próximos cinco anos, na electrificação dos seus modelos.
De acordo co a estratégia hoje apresentada pelo CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, o grupo investirá 30 milhões de euros até 2025, na eletrificação e desenvolvimento de software, incluindo investimentos de capital em joint ventures, ao mesmo tempo que pretende “continuar a ser 30% mais eficiente do que a indústria no que diz respeito ao total de gastos Capex e de I&D versus as receitas”.
O grupo propõe-se aumentar a liderança nos veículos comerciais na Europa e reforçar a posição na América do Norte, ao mesmo tempo que pretende ser líder mundial nos veículos comerciais eléctricos. Para isso, “a implantação da electrificação nos veículos comerciais irá estender-se a todos os produtos e a todas as regiões ao longo dos próximos três anos, incluindo a entrega de furgões médios a pilhas de combustível de hidrogénio até ao final de 2021”.
O roteiro da electrificação hoje desvendado cobre toda a cadeia de valor. Desde a exploração do lítio, para o que o tem já vários memorandos de entendimento firmados, na Europa e América do Norte, quer no fabrico das baterias (em cinco giga-fábricas) e na sua gestão ao longo de toda a vida.
A propósito, a Stellantis aposta em reduzir os custos dos packs de baterias em mais de 40% entre 2020 e 2024 e em mais 20% até 2030. Até 2026, o custo total de propriedade dos “eléctricos” terá de ser equivalente ao dos veículos com motores de combustão interna.
Para ir ao encontro das diferentes necessidades dos potenciais clientes, o grupo aposta numa oferta de quatro plataformas BEV, com autonomias entre os 500 e os 800 quilómetros e com capacidade de carregamento rápido de 32 km por minuto. Cada plataforma poderá suportar uma produção máxima anual de dois milhões de unidades.