A suíça Richard Taffin De Givenchy oferece 200 milhões de euros pelo aeroporto de Ciuidad Real. O grupo Orden 12 propõe-se pagar 55 milhões de euros. São as únicas propostas de compra, no âmbito do processo reaberto na semana passada pelo Tribunal Mercantil n.º 4 de Ciudad Real.
O tribunal, que em Janeiro decidiu anular o anterior concurso para a venda do aeroporto falido, abriu a semana passada um procedimento de venda directa, para o qual fixou um preço mínimo de 50 milhões de euros.
A proposta suíça contempla “um investimento previsto, não avalizado, para o primeiro ano e meio desde a entrada em funcionamento de cerca de 850 milhões de euros”. A proposta do grupo Orden 12 inclui “uma proposta avalizada de 191 milhões de euros na primeira fase”.
As duas empresas já haviam concorrido ao concurso realizado em Setembro de 2015, quando o juiz antes responsável pelo processo ampliou o processo para evitar que o grupo Tzaneen Internacional, formado por investidores chineses, de acordo com notícias publicadas na altura, ficasse com o aeroporto por apenas 10 mil euros.
Qualquer que venha a ser o valor da venda, ficará certamente a anos-luz dos 450 milhões de euros que custou a infra-estrutura.
O aeroporto de Ciudad Real, ou de Madrid Sul como chegou a ser apelidado, foi inaugurado a 18 de Dezembro 2008 e fechou em 2012 (após entrar em falência em 2009). Nesse período movimentou apenas 100 mil passageiros, apesar de ter capacidade para cinco milhões/ano.
Com 28 mil metros quadrados de instalações e uma pista de quatro quilómetros (das mais longas da Europa), o aeroporto é um dos ícones da bolha da construção em Espanha. De iniciativa privada, acabou falido nas mãos dos poderes públicos locais e regionais.