A Hapag-Lloyd é uma das quatro candidatas à privatização da HMM, mas a sua oferta enfrenta a oposição do sector sul-coreano.
Hapag-Lloyd, LX Pantos, Harim Group e Dongwon Group apresentaram propostas à compra de 40% do capital da HMM detidos pelo estado sul-coreano.
A SM Line, que chegou a ser apontada (de novo) como candidata, não avançou, alegadamente por causa do preço pretendido, na base dos 3,8 mil milhões de dólares.
Fruto dos lucros alcançados nos anos recentes, a Hapag-Lloyd apresenta-se como a candidata mais capaz de pagar o preço pretendido por Seul, mas a simples aceitação da sua proposta irritou organizações do sector locais.
Em comunicado, a Federação das Indústrias Marítimas da Coreia e a Associação de Desenvolvimento Portuário de Busan acusaram o governo de “não estar atento à importância do shipping para o país”.
Lembrando que a HMM aumentou a oferta de transporte quando os exportadores sul-coreanos enfrentaram os congestionamentos da cadeia de abastecimento, em 2021, as duas organizações sustentam que a “HMM é um activo indispensável para a nossa economia orientada para a exportação”.
“Em nome dos cinco milhões de famílias que dependem da indústria marítima, pedimos que a venda da HMM a estrangeiros seja bloqueada, para garantir a estabilidade da cadeia de abastecimento do país”, acrescentam.