A Swissport, operador de handling controlado pelo HNA Group, garantiu, em princípio, um acordo de reestruturação financeira.
No imediato, a Swissport garantiu a injecção de 300 milhões de euros de liquidez por parte de um grupo “ad hoc” de credores, Os 300 milhões somam-se à liquidez de 200 milhões de que a companhia tinha a 18 de Agosto, elevando, assim, as disponibilidades de caixa para mais de 500 milhões de euros.
O acordo de reestruturação financeira envolve o HNA Group, accionista único da empresa, o já referido grupo de credores, denominado de AHG, e os credores abrangidos pelo acordo PIK.
“A reestruturação posicionará a Swissport como um forte parceiro global para companhias aéreas e aeroportos – tanto no negócio de serviços de passageiros como no handling de cargas aéreas. Com maior liquidez e baixos níveis de endividamento daqui para frente, a Swissport será capaz de aproveitar as oportunidades de crescimento no pós-Covid-19”, refere a companhia de handling.
“A Swissport terá significativamente menos alavancagem. A companhia terá uma posição financeira e recursos muito mais fortes para investir no negócio, executar os planos operacionais e explorar oportunidades de crescimento. A Swissport estará muito bem posicionada para ter sucesso de longo prazo”, refere, na mesma nota, Peter Waller, CFO da Swissport International AG.
Swissport perde 70% das receitas
Entretanto, as receitas da Swissport caíam 70% no segundo trimestre de 2020, em relação ao ano anterior, para 235,5 milhões de euros.
O EBITDA passou de 76 milhões de euros positivos, há um ano, para 67 milhões de euros negativos, agora.
O HNG Group comprou a Swissport à PAI Partners em 2015, por 2,8 mil milhões de dólares,
Nos últimos anos, as dificuldades do conglomerado chinês levaram-no a ponderar dispersar em Bolsa parte do capital da Swissport, ou mesmo vender a maioria do capital a fundos de investimento, mas nada disso se concretizou.
A Swissport é um dos maiores operadores de handling aeroportuário do mundo.
