O primeiro ministro de Cabo Verde anunciou um acordo com os investidores islandeses que até Julho de 2021 lideraram a companhia aérea de bandeira TACV.
“Havia um processo no tribunal arbitral. Foi resolvido com vantagens para Cabo Verde e de forma que possamos estar livres de qualquer contencioso internacional relacionado com o sector dos transportes aéreos”, afirmou Ulisses Correia e Silva aos jornalistas, à margem de um evento oficial na Praia.
“Por isso é que esse acordo permitiu que possamos ter todas as partes resolvidas em termos de relações e possamos desenvolver o nosso sector de transportes aéreos sem problemas”, afirmou, embora sem entrar em detalhes sobre esse entendimento.
Em Agosto de 2017, o grupo Icelandair, da Islândia, assumiu a gestão do negócio internacional da companhia aérea pública cabo-verdiana e em Março de 2019 o estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV, por 1,3 milhões de euros, à Lofleidir Cabo Verde.
Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de Covid-19, o estado cabo-verdiano reassumiu em Julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão, e dissolveu de imediato os corpos sociais.
A Loftleidir Cabo Verde, de investidores islandeses, anunciou em 29 de Julho de 2021 que pretendia reverter a renacionalização da companhia e ser “ressarcida pelos prejuízos causados” por aquela decisão.